Alberto Ramos diz que crise vai ter algum impacto no mercado de crédito e imobiliário, mas afasta cenário de crise. Responsável faz balanço positivo de cinco anos do Bankinter em Portugal.


O Bankinter Portugal admite algum impacto da pandemia no mercado de crédito ou imobiliário nacional, mas não considera que os choques venham a resultar em situações que desaguem numa crise.

“Os bancos prepararam-se bem para este momento, mas o impacto da pandemia pode ser mais severo do que pensamos, mas não creio que chegue a uma crise de crédito“, referiu o country manager do Bankinter em Portugal, Alberto Ramos, numa sessão de apresentação dos resultados com os jornalistas.

Do mesmo modo, o mercado imobiliário deverá resistir à crise pandémica, apesar de poder “haver um fenómeno de dois ou três trimestres de ajustamento dos ativos”. “A nossa área de análise de mercados o que nos diz e que estima é que possa haver uma ligeira descida dos preços dos ativos em Portugal, mas, estruturalmente, não vai ocorrer uma redução dos preços“, explicou, acrescentando que as baixas taxas de juro vão continuar a alimentar a procura e a suster o impacto da pandemia nos preços das casas.

Alberto Ramos ressalva que a segunda vaga da pandemia e o confinamento podem levar a uma evolução diferente daquela que está a antecipar.

Os reguladores e outras instituições têm alertado tanto para uma crise no crédito (na sequência do malparado) assim como uma correção acentuada dos preços das casas devido à crise provocada pela pandemia.