A cidade do Barreiro, na margem sul do Tejo, vai receber um novo projeto imobiliário. Em causa está a construção de um centro logístico e de distribuição da Sogenave, para armazenamento e centro de distribuição de produtos, que deverá arrancar no início de 2023. O investimento de 22 milhões de euros e 572 postos de trabalho vai contar com um conjunto de incentivos municipais, no âmbito de um acordo assinado em julho passado com a Câmara Municipal do Barreiro.

O futuro edifício, a ser construído num terreno de 2.100 metros quadrados (m2) na União de Freguesias de Palhais e Coina, terá três pisos e quatro unidades funcionais, para armazém ambiente, armazém de frio, áreas administrativas e zonas técnicas e sociais. No exterior está prevista a construção de parques de estacionamento e espaços verdes.

De acordo com a informação disponibilizada pelo município, a Sogenave - que compra, vende e distribui produtos alimentares e não alimentares no território nacional – faz parte do grupo Trivalor, uma ‘holding’ com mais de 50 anos de atividade e 100% nacional, e as instalações do Barreiro deverão albergar também as outras empresas deste grupo português.

Isenções de IMI e da Derrama entre incentivos fiscais dados ao novo projeto
Segundo o vereador do Desenvolvimento Económico da Câmara do Barreiro, Rui Braga, o projeto da Sogenave vai beneficiar de um “desconto de 60% face ao valor das taxas que vierem a ser calculadas, três anos de isenção do IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis] e três anos de isenção da Derrama”.

“Estes incentivos fiscais, aprovados em sessão de câmara ao abrigo do Regulamento Municipal de Incentivos ao Investimento, têm como contrapartida a manutenção dos pressupostos da candidatura durante 10 anos, ou seja, a cidade do Barreiro garante que a Sogenave vai pagar o IMI e a Derrama pelo menos durante sete anos”, justificou o vereador da Câmara do Barreiro, de maioria PS, em declarações à Lusa.

Rui Braga salientou ainda que a Sogenave se comprometeu a mudar a sua sede para o concelho do Barreiro (distrito de Setúbal), outra condição estabelecida pelo município para a atribuição dos incentivos fiscais.

“O objetivo não é só garantir estes 10 anos, mas que a empresa fique aqui muitos anos, muitas décadas, a criar riqueza, a criar postos de trabalho e a pagar a Derrama”, acrescentou o autarca socialista.

Fonte:idealista.pt